CANÇÃO DO CASAMENTO
Jamais soei a trombeta
ou ordenei o esquecimento da Paz
Quando houver canção
farei o amor que resta
no fundo do bosque,
aonde os seres imaginários
se provam verdade pela festa
Quando o anjo cantar d'entre os morangos
e as maçãs, a nudez expressa em flores
dará nome ao desejo que no seu corpo
é vitória e no meu sexo é a fera do sonho
- no afã dançado nos tangos perdidos de amores,
e ainda que traga no comportamento rebelde
a mecânica dos planetas proibidos,
estou convertido à lógica voraz
de abater as joias reais
celebrando a manhã
no café que sirvo à beira mar
recheado das genitálias decepadas dos deuses,
porque em você a devoração é um costume eficaz