O peso das despedidas
Às vezes me pergunto
por que fui embora
se eu o amava.
Simplesmente, eu me amo mais.
Eu não queria recomeçar algo imprevisível,
eu não queria entrar na subjetividade,
eu não queria entrar naquele abraço e ter que sair depois.
Eu odeio despedidas.
Eu não queria entrar naquela casa e ter que ir embora,
eu não queria fazer daquele lugar,
daquela pessoa, o meu lar e depois me despedir.
Sim, concordo que eu fui fraco,
concordo que eu tive medo,
concordo que eu não deveria ter descido daquele ônibus e voltado pra casa,
concordo que eu deveria ter enfrentado meus traumas,
concordo que eu deveria ter deixado acontecer.
Concordo que eu amava você,
mas você tem que compreender que eu não queria sofrer
e que meu frágil coração não aguenta outro infarto séria fulminante,
então, sem romance,
sem nova chance.