SUBJUNTIVO DE ARUANDA

Esquipar-se do norte do nosso amor

Fatalidade cortando o presente.

Alma q'rasga meu corpo, dói, sangra, Desespera, nasce, morre, se vai.

Estrela valorosa, cheia de luz e dor

Fortuna de amar verdadeiramente.

Acaso do nada e tudo. Promessas Vãns chora meu coração frágil, fraco.

Muita dissimulação que vêem fugir Loucura da cidade onde era campo.

Quimérica, paixão, solidão, nada!

Inadmissível o amor desaparecer.

Discorrer sonhos, planos, projetos.

Improvável, surdo, ouvir e lembrar.

Tantas vezes buscar falar: Amo-te!

Inacreditável que sempre tive por ti.

Evadir-se do que correm no rio.

Inconcebível eu tê-la infactível.

Inaceitável destino, fardo pesado.

Descrença inatingível pela fé: tê-la

Utópica vida, tudo subjuntivo

Inalcançável aruanda tão desejável.

Escampar dúvidas tristes, tornei-me

Indubitável filha d'amor impraticável.

Irreal, incerta, inexecutável, morto.

Não serei fadária a felicidade?

Transcorre em veias sonhos mortos

Não sucede crença do amor que tive.

Inacessível história e minhas ideias

Fruto caído, desprezado ao nada!

Samanta Reis
Enviado por Samanta Reis em 21/05/2023
Reeditado em 10/06/2023
Código do texto: T7793822
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