SUBJUNTIVO DE ARUANDA
Esquipar-se do norte do nosso amor
Fatalidade cortando o presente.
Alma q'rasga meu corpo, dói, sangra, Desespera, nasce, morre, se vai.
Estrela valorosa, cheia de luz e dor
Fortuna de amar verdadeiramente.
Acaso do nada e tudo. Promessas Vãns chora meu coração frágil, fraco.
Muita dissimulação que vêem fugir Loucura da cidade onde era campo.
Quimérica, paixão, solidão, nada!
Inadmissível o amor desaparecer.
Discorrer sonhos, planos, projetos.
Improvável, surdo, ouvir e lembrar.
Tantas vezes buscar falar: Amo-te!
Inacreditável que sempre tive por ti.
Evadir-se do que correm no rio.
Inconcebível eu tê-la infactível.
Inaceitável destino, fardo pesado.
Descrença inatingível pela fé: tê-la
Utópica vida, tudo subjuntivo
Inalcançável aruanda tão desejável.
Escampar dúvidas tristes, tornei-me
Indubitável filha d'amor impraticável.
Irreal, incerta, inexecutável, morto.
Não serei fadária a felicidade?
Transcorre em veias sonhos mortos
Não sucede crença do amor que tive.
Inacessível história e minhas ideias
Fruto caído, desprezado ao nada!