Soneto: Riso Postiço

Este rosto num riso postiço

Como sol na flor da madrugada

Pétalas brancas sem um inicio

E falhas memórias da sua amada

Qual beleza mantem este viço

Quando a alma nunca fala nada

Será o amor fruto de um feitiço?

Ou é esta pergunta que é a errada

Toda a beleza que o tempo leva

É uma constante luz entre as trevas

E é na boca que a paixão evapora

Num tremor o falso descarrega

Este lindo poema em conserva

Desmorona no inicio da aurora