TEU AUTOEROTISMO

Talvez eu quisesse mas bem mais do que um corpo,

Uma alma que se encontre com a minha e,

Dela faça a sua infinita moradia ,

Manifestando toda a sua ousadia.

E em seu primor de anjo,

Revelar-se totalmente a mim,

Ou que seja dos teus encantos,

As melhores perfumarias que eu já senti.

Se estavas tão distante e perdida,

Na sua ausência, eu também, me perdi e,

Esqueci o quanto sois a verdade e os mistérios,

Que somente um coração é capaz de admitir.

Esta poesia que estava doravante,

Em seu mais completo descanso,

Agora, se comporta como uma dama,

Ao vestir sua roupa nada ocasional.

Assim, nos teus fios de cabelos molhados,

Não dizer-te a palavra que é “não”,

Para ter-te sempre aqui ao meu lado,

E querer-te levar-te ao lugares improváveis,

Somente com mil beijos e pela sedução!

Viver no teu autoerotismo,

Mergulhado nos versos que tens,

Aflorando todos os sentidos,

No tempo e na razão que nos quer bem.

No final das contas,

Falarias:-O que buscas, não poderias,

Te-lo achado em outra mulher?

Então, eu não discutiria,

Mas apenas responderia-te que,

-Eu não depararia-me com algo tão absurdo,

Se já é em ti, que tenho exatamente tudo,

E esse tudo, é a concepção cósmica,

Da nostalgia a qual não nego em você.

Poema n.2.966/ n.35 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 19/05/2023
Código do texto: T7792120
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