In cordibus vacuis

No vácuo absurdo, o amor se esvai,

Sombra efêmera, sem razão ou direção.

Ilusões perdidas, sonhos em desmaio,

Na dança triste do desejo em vão.

No abismo escuro, existência sem trilha,

Amor é sombra breve, mero engano.

Suspiro fugaz, ilusão constante,

Em palco efêmero, encenação sem plano.

Em corações vazios, nada cabe,

Profundos afetos, meras fantasias.

Efêmero tudo é, fatal o desfecho,

Amor, miragem vã, triste melodia.

O vazio preenche, eco perene,

Ausência de sentido, solidão eterna.

Brinde ao desamparo, à desilusão maldita,

No universo sombrio, amor se governa.