Sonhos
Na solidão bem aventurada
De mais uma noite de sonhos
Eu me entrego a pensamentos
E estes me levam a você
Em claro encanto que me despe
No limiar de meus devaneios
Invoco a tua imagem
E me compadece sua ausência
Sou a solidão acompanhada
De um sentimento enternecido
Que avidamente cresce
E suplicante resiste ao tempo
Efêmeras, não diria...
Mas louco o destino
Que nos reuniu e separou
Sombras da tua lembrança
Revestem as paredes do quarto
E a penumbra evoca meu martírio
Sou fruto da insensatez
De um profano sentimento
Que me anestesia a alma
E num delírio insano
Abandono-me ao aveso
Nas mais desvairadas fantasias