O que de mim

E eu, que nunca deixei a caneta cair

Senti o vento mais forte para a espada brandir

Sorri, cortei o invisível do que nunca vi

Aos poucos, vi a minha inspiração se ir.

Oh vida, o que tiraste de mim?

Se pedi a paz, simples assim

Oh vida, o que fizeste ao poeta?

Se escrever é tudo que me completa

Percebo...sim, percebo rapidamente

Que o que passa não é permanente

Perco meu centro quase que constantemente

E sempre que volto, volto diferente

Se somente ao percebe-se pudesse voltar

Mas nada é estático, nada fica no mesmo lugar

Fui eu embora, viajando estás cidades

Quem sonha muito, sempre busca liberdade.

E tu menina? A quem eu nunca beijei

Ao pontos de onibus muitas vezes levei

Pensando que um sim ou quem sabe talvez

Só que sou sonhador e da realidade nada esperei

Agora sigo eu, sozinho nessa estrada

Queria ser como flecha de Apolo, sagrada.

Mas a vida, aaaah, a vida, essa me sangrava

Fui o que podia e nada de mim esperava!