Sem eira Nem beira

Um corpo se dilui em palavras

Que vão se encontrar na escuridão

Palavras soltas contaminadas

Entre o amor e a paixão

O primeiro filho da dor convertida

Afeto amizade zelo e devoção

A ultima filha da terra úmida

De sumos inalados dos sucos do tesão

Ruas paralelas, êxtase e a salvação

O mel que escorre dos beijos

O furor degradante dos desejos

O amor contido no estender de uma mão

Mas penso tudo isto são apenas tolices

Somos todos das estrelas suas poeiras

E apesar de todas as crendices

Este poema não tem eira nem beira