TEMPO PERDIDO

Nunca pensei que pudesse vir assim,

Nas noites em que eu esteja,

Desperto, apenas, para ter-te,

Mesmo longe, em meus abraços,

Quando tudo parece nada fácil,

E eu desconecto deste mundo.

Sentir sem julgamento,

Que n’outro amor, tento,

Não viver tais indiferenças,

Que o meu coração ingênuo inventa.

È essa vulnerabilidade, apenas o princípio,

De que não deva insistir mais,

Se algo não é para ser, então,

Como último dos românticos,

Logicamente que, ainda não me fiz.

São poemas das almas,

Que vagueiam pelos bosques,

E de repente, surge o medo da verdade,

Que passam a encarar os meus olhos,

Do jeito que faz, os amantes!

Se é o tempo perdido,

Acredito que encontrei a danação,

Para me sujeitar a condenação,

Da melhor forma que for possível.

Intrépido, banho-me no vinho,

Onde todas as peculiaridades são-me jorradas,

Como essência libertada,

Do meu próprio juízo.

Chegaste aqui, querendo bem mais que sonhei,

Das mananciais de infinitos deleites,

No qual, ignoro todo um passado e,

Constantemente, venho a criar elos,

Dando tudo para não esquecer-te,

Quando anseio em não enganar-me.

Poema n.2.964/ n.33 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 10/05/2023
Código do texto: T7784753
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