AMOR E BRUTALIDADE

Desde as eras imemoriais;

Tento conter os mais instintivos sentimentos de minha alma;

Tento me fechar em minhas próprias projeções;

Lembrando de uma época em que éramos jovens e livres;

Do tempo em que os beijos eram doces e inofensivos;

Ao menos desfrutávamos de nossos desejos em meio ao relento;

Amores que desvelam faces de amargas decepções;

Debaixo do chuveiro nos tocávamos e sentíamos o pulsar de nossas paixões;

Desejos insanos e pervertidos assombravam nossas mentes;

Ao menos nossos corações se sintonizavam e nossos corpos se entrelaçavam;

Amor brutal e vidas eternamente despedaçadas;

Instintos que desvelavam violentas ações;

Canibalismo romântico e o sangue que arde eternamente em nossos corações;

Uma luz que outrora iluminava nossos olhares e acalmava nossos insaciáveis desejos;

Nada poderá conter a força que me joga em sua direção;

Estou me despindo e aos poucos perco o meu controle;

O seu corpo é uma bomba em minhas mãos;

Rasgo suas vestes e te desfaço em meus braços;

Não pude conter a fúria na qual se reflete em minhas ações;

Nada poderá conter os desejos que me jogam em sua direção;

Estou me despindo e não consigo mais controlar a força que me joga em sua direção;

Tento me arrastar e me conter;

Uma fúria que se constrói em nome desta dolorosa e terrível paixão;

Rasgo as suas vestes e te destruo em meus braços;

Ao menos nossos corpos se entrelaçaram;

Chamas de uma paixão doentia;

O canibalismo que se manifesta em nossos mais brutais atos de paixão;

Uma força que me joga em sua direção;

Aos poucos me perco nos passos desta terrível e insana tentação.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 07/05/2023
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