Para todo aquele que ama, principalmente você, poeta.
Enquanto me contorço por dentro,
abraçada por essa angústia que me toma aos poucos.
Te observo a cada trago de cigarro que sai da sua boca
no mesmo momento em que te acompanho e assisto uma série que sempre ficou pendente.
E continuará.
Fico me perguntando se não seria esse o momento em que a gente se apega as coisas...
Tipo, e se...
E aí você se entrega sem vergonha alguma de dizer que há sim recaídas à todos que já amaram algum dia.
E se entrega totalmente.
A vontade que sinto é de sentir seu cheiro, e que cruel de tão próximo que se encontra.
E com meus botões percebo que todo aquele que fala sobre amor,
geralmente, é porquê ele já se foi.
E tolo,
o poeta de achar que o amor possa ser apenas para si,
é necessário compartilhar o que se sente,
e talvez por isso se vá.
Andrade. 07/05/2023