Atas e Olhos
Sobre a metade dos seus olhos
Fazendo festa no meu peito
Meigos e intensos modos
Logo o ar fica rarefeito
Eu não sei quando você pondera
Já perdi algumas chances
Seu sabor em pura entrega
Desde então, nunca fui o de antes
Sobre a tempestade nos seus olhos
Mas por teu bálsamo calor
Eu fico quieto, me agito em ócio
Toda prudência a saudade quebrou
Será que pensou nos motivos?
Seu sabor sequer consegui deixar
E o fato faz-me sentir vivo
Viver nunca foi errar