ESPLENDORES
Emprestado dos rubis a teus lábios
E dado da turmalina a teus olhos
O que guardas inda, nos imos refolhos
Que faz louca a sapiência dos sábios?
Diz, da luz fria e bruxuleante
Que delineia e se perde nas formas
Como mar beijando as orlas
Velando porém, o ousio ao Atlante!
E tu Brisa, quando vens silenciosa
Que segredo sussurrado em prosa
Roubou o sorriso que cobiçava?
Ah! Como invejava! E queria!
Sorvi da taça o vinho em boemia
E no véu do torpor, inda o laço da impiedade atava!