ESPLENDORES

Emprestado dos rubis a teus lábios

E dado da turmalina a teus olhos

O que guardas inda, nos imos refolhos

Que faz louca a sapiência dos sábios?

Diz, da luz fria e bruxuleante

Que delineia e se perde nas formas

Como mar beijando as orlas

Velando porém, o ousio ao Atlante!

E tu Brisa, quando vens silenciosa

Que segredo sussurrado em prosa

Roubou o sorriso que cobiçava?

Ah! Como invejava! E queria!

Sorvi da taça o vinho em boemia

E no véu do torpor, inda o laço da impiedade atava!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 06/05/2023
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