AMOR E PECADO

Desta vez eu não sei,

Para onde tudo vai me levar,

Mas vou bater de frente,

Com a solidão que quer me dominar.

E não irei deixar postergar,

Nada do que é-me viável,

Enquanto o tempo ainda não estiver terminado,

Irei atrás de quem eu me perdi no olhar.

Inconcebível, Inconstante!

Um pedaço bom de mim,

Ficar agora, doravante,

Incompleto por inteiro, e viver com a cicatriz.

De um corpo que só quer sonhar,

Render-se à canção que entoas,

Onde eu possa vir a nadar assim,

Constantemente, na minha própria mente.

Ah, esses lábios tem que dar o que eu quero,

Uma vez que o ósculo que eu espero,

Não é nem começo, muito menos o fim,

No qual as contradições de um coração medíocre,

Sempre ver no amor e no pecado,

A ligação para que eu esteja rente a ti.

Entretanto, só sei dizer uma coisa:

Que nesta mística verdade que carrego,

Á você, vou eternamente pertencer,

Mesmo que veja-me mergulhado,

Subitamente, nas minhas visões.

Não importo-me com o concêntrico ascendente,

Somente com as lágrimas que um dia enxugarei,

Podendo até guardar o teu sorriso num futuro,

Evitando a qualquer custo a dor da ausência,

Quando a utopia afasta-te, inconsequentemente, do meu toque.

Poema n.2.962/ n.31 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 05/05/2023
Código do texto: T7780837
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