Pálido arco-íris :
Conte uma antiga novidade;
Me receba em seus lábios;
Me nomeie: Amor;
E enxugue,essa minha pessoa,
Aplique e explique,o que sabes da dor,
E então me leve ao céu,
Aquele,que sem saber construímos,
Nos bancos da praça;
Onde juntos; éramos um, éramos tantos,
Tantos beijos, todo um ar de imã e ternura;
Onde sempre brigavamos; sobre a forma que enxergo a minha figura
Esse peso é normal,
É do verde da fruta,
Tudo que é novo,tem um Q de liberdade,
E nos torna escravos;
Traz consigo,suas dúvidas,
seus toques e olhares,
Uns dias tão calmos,e outros de luta
Tente me achar,
Quando eu for me perder,
Tente me ouvir,como a um novo cantor,
Te dizendo o que vi, te dizendo da vida,
Esse caminho findado em reticências,
Que as vezes esqueço, que a matéria é nada,
Comparada com a essência
Me faça de livro,
E me empreste seu resumo,
Eu,quando folheio a mim mesmo,
Sei que tenho meu brilho,
Sou um arco-íris pálido,
E nos dias nublados,
Me encolho e sumo.