Da paixão ao amor...

Um pobre coração apaixonado...

Fica descontrolado. Sem freios...

É um perigo danado. Cuidado!

A qualquer preço arruma um meio

De ficar em transe. Irrequieto. Travesso.

Parece que tudo ali vira do avesso...

É como estrada insinuosa de praia povoada.

Em véspera de feriadão... Dá-se a revoada.

Tudo bate apressado... Feito alucinado.

Louco... Descompassado. Entorpecido.

O corpo todo envia recados assustados...

Para o delinquente coitado e destrambelhado.

E o pensamento voa lá longe... Só nela!

A mente tenta fugir do encanto... Mas, nada!

Ela é uma fada! Que pode ser mil bruxas...

Com seus unguentos... Sua sábia alquimia...

Se a paixão é de mão dupla então incendeia.

Aí o descontrole é total: Na terra, mar e no céu.

Não há arco que segure a flecha do cupido.

Acho que é por isso o alerta dos budistas...

É preciso controlar a sandice das paixões.

Mas como negar o vendaval das emoções?

Se ela sacode... Rebola... Devora...Te engole!

Acende tudo! É uma superdescarga de volts...

Ah! O amor... Vem! Só aparece bem depois...

Fica quietinho no canto esperando... Esperto!

Calado... Contido... Escondido... É sabido...

Só se mete na certa. Na hora do bote...

Depois que os dois corações aquietam.

Aí a pulsação volta ao normal habitual

E o que era paixão... Vira apenas um poema...

Uma poesia...Cantando e musicando a folia.

Você já viveu deste adorável dilema?

Daquele turbilhão que bagunçou o seu dia.

Felizes os que vivem essa deliciosa magia.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 14/12/2007
Reeditado em 06/07/2012
Código do texto: T777749