Como um Rio
Como um rio eu vou fluindo
Aguas ora claras, ora turvas
Mas um rio que não faz curvas
E para cima eu sempre vou caindo
Não tenho margens, pois sou livre
Quando escrevo estas tolas poesias
Pois sei que há lei que não proíbe
Há um louco fugir da psiquiatria
Sou espelho que não reflete um nada
Quando penso sou só agua estagnada
Sou olho do tufão que te assusta
E te faz andar com uma saia justa
Eu nunca fico em cima do muro
E do prato que tu comes sou a sobra
Inofensivo e puro, eu não asseguro
Pois sou a cobra que te morte e assopra