A Escolha que anula todas as escolhas

Olho para ti

E a estrada que imitava

Um galho de vários ramos

Antes com várias escolhas

Torna-se um túnel

Em linha reta

Depois de tanto tempo

Admirando e degustando outras frutas

Passei a admirar

E desejar apenas

O seu fruto

Pego meu canivete

Corto todos os galhos

Que não são seus

Limpo sua lâmina

De sujeiras de cortes passados

Dou para ele

A virginidade

De fio e metal

Para lhe presentear

O prazer do frescor

Sem suco, sem bagos

Sem cascas

Um fio de corte

Tão novo e jovem

Igual ao primeiro corte

Em sua vida

Por você, estou disposto

A sacrificar tudo considerado

Periférico pela minha mente

Me liberto de tudo que é

Supérfluo

Por meio do meu compromentimento

Contigo

Posso abolir o benefício

De conjugar o verbo no pretérito

Ou até mesmo no futuro

Para conjugar o seu

E somente seu

No tempo presente

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 28/04/2023
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