A Escolha que anula todas as escolhas
Olho para ti
E a estrada que imitava
Um galho de vários ramos
Antes com várias escolhas
Torna-se um túnel
Em linha reta
Depois de tanto tempo
Admirando e degustando outras frutas
Passei a admirar
E desejar apenas
O seu fruto
Pego meu canivete
Corto todos os galhos
Que não são seus
Limpo sua lâmina
De sujeiras de cortes passados
Dou para ele
A virginidade
De fio e metal
Para lhe presentear
O prazer do frescor
Sem suco, sem bagos
Sem cascas
Um fio de corte
Tão novo e jovem
Igual ao primeiro corte
Em sua vida
Por você, estou disposto
A sacrificar tudo considerado
Periférico pela minha mente
Me liberto de tudo que é
Supérfluo
Por meio do meu compromentimento
Contigo
Posso abolir o benefício
De conjugar o verbo no pretérito
Ou até mesmo no futuro
Para conjugar o seu
E somente seu
No tempo presente