QUASE AMOR

Vivo me perguntando,

porque continuo sendo

seu amigo, mesmo

querendo ser

um pouco mais.

Porque és bonita,

inteligente, simpática, fiel

ou tudo isso ao mesmo tempo?

Na verdade,

devo confessar,

que sou seu amigo.

Por uma questão de inteligência

e até de sobrevivência.

E também,

por não ter outra opção.

Afinal, não conquistei seu coração.

Não tive essa sorte

nem esse poder.

Assim, de que outra forma poderia

estar sempre junto de você?

A não ser, sendo seu amigo.

Não posso tê-la,

mas olhá-la, sim.

Não posso beijá-la na boca,

mas pegar na sua mão, sim.

E levá-la para passear

no calçadão.

Infelizmente, não tenho o seu amor,

mas tenho o seu carinho, o seu afeto

o seu abraço o seu sorriso

a sua admiração e a sua confiança.

Como amigos,

podemos até brincar como crianças,

podemos rir, contar fofocas,

aí então ficarei sabendo de você.

Como pensa uma mulher.

É claro,

não posso tudo, nem poderia,

mas uma porção de

coisas me permito fazer.

Por exemplo: dar-lhe conselhos,

um abraço apertado,

um beijo no rosto,

pegá-la pelo braço.

Contar -lhe as coisas que faço

satisfazer-lhe os gostos,

acariciar discretamente os seus cabelos,

observar as sardas da sua pele alva,

protegê-la dos perigos.

Levar-lhe remédio na madrugada escura

e na hora da dor, ser a sua cura.

É possível ainda, ser um confidente atento

consolá-la na hora mais triste

e principalmente, viver lembrando,

que, apesar de tudo,

a felicidade sempre existe.

Quase tudo me é permitido,

menos amá-la.

Parece pouco,

insuficiente,

mas para mim é muito.

Não é amor.

É quase amor.

Mas é lindo também !

Revisão: vera Sarres

(verasarres.revisao@yahoo.com.br)

joão joão
Enviado por joão joão em 14/12/2007
Reeditado em 29/01/2008
Código do texto: T777452
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