INSUBSTANCIAL

Não é pelo simples fato,

De eu estar às vezes,

Diante de sua incrível face,

Que eu não queira ser salvo.

Se tiveres coragem para esquecer,

Quero lembrar-te, que talvez não saibas!

Que minha boca morre de vontade,

De sentir todas as emoções dos seus beijos.

Levas um pedaço de mim,

Mas, a verdade é que eu vou te esperar aqui!

Para que sejas a dona e pra me dominar,

Pedindo tudo aquilo que em mim há.

Como um enigma bom para desvendar-te,

Que eu encontre os momentos de amor.

E nessa profilaxia paranormal,

Que banhas-me nas madrugadas insanas,

Vou cansando de me perder pelo caminho,

Pelo medo insondável de que possas,

Enfim, um dia, vir a viajar no meu corpo.

Quando eu quero estar nos seus braços,

Sinto que me faria de bom agrado,

Viver ao sentir seu perfume de imediato,

Como um feitiço, num antigo par de vasos.

Que nunca se feches em outro mundo,

Somente para poder fugir de mim.

Mas abra as comportas de uma vez,

E convide-me logo a adentrar-las,

Vendo o quanto posso aceitá-la,

Mesmo quando apoderas de minha alma.

É assim, que permaneço intacto,

Entendendo que quero estar ao seu lado,

Por meios nada viáveis, o de sempre estar sozinho,

Apenas, guardando-te comigo, por ser tão insubstancial.

Poema n.2.959/ n.28 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 26/04/2023
Código do texto: T7773554
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