Cabana

Naquela cachoeira límpida

seu coração pulsava tão alto

quanto a água que caía

e os pássaros naquele dia.

As águas nos lavavam

das impurezas urbanas,

elas nos renovavam

para mais um fim de semana.

A cachoeira era companheira nossa,

assim como a serra além do horizonte,

todos os seres ouviram nossa prosa

e assistiram às nossas carícias aos montes.

Naquela cabana aconchegante

contávamos histórias amorosas,

enquanto o frio vinha ofegante,

meu peito era aquecido por sua alma pomposa.

A nossa cabana era testemunha ocular

do nosso amanhecer e do nosso existir,

suas paredes ouviram o nosso amar

e as manhãs foram plateia do nosso sorrir.

João da Maré
Enviado por João da Maré em 26/04/2023
Código do texto: T7773280
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