LEMBRANÇAS E DISTÂNCIAS

Nesse seu infinito olhar,

Que chega a tonificar,

Todas as minhas vontades,

Mesmo até as que são insanas,

Revela-me o que é substancial para amar.

Sois de fato, um grande rio que busca o mar,

E desse encontro, deixar transfigurar a essência,

Que tanto, de maneira insistente, venho,

A querer, de certa forma, vir a provar.

Também, sois como um o livro, um portal,

Para todos os meus sentidos de agora, e de antes,

Quanto a sua epifania, a qual encaminha para um mundo,

Este, no qual é-me provável, levando-nos a enxergar,

Sobre nós mesmos, e os nossos reflexos no vasto oceano.

Eu falo de tantas coisas,

Mas não sou nada do que sou!

Nessa estrada da vida que acabei por me perder,

Inteiramente, para ti, eu vou!

E os mistérios insondáveis da paixão,

Numa fúria que não posso controlar,

Vem doravante, as lembranças e as distâncias,

A serem definitivamente, tijolos quebrados no chão.

Que eu te veja longe das tristezas,

No poente que a cerca neste momento,

Enquanto minha existência se esvai do meu corpo,

E começo a sentir a estrutura a ficar inerte.

Todavia, sei que me tomas!

Somente com verbos eloquentes,

Despertando-me sempre que te consagras,

Nas noites em que eu fujo para o oriente,

Nas quimeras, por minha falta de riscos,

A qual, indubitavelmente, sou pego sem resistência,

Por não me ousar a dizer-te sem demora,

Quão doce és para os meus deleites.

Poema n.2.958/ n.27 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 24/04/2023
Código do texto: T7771618
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.