Amor devastador
Vem amor, com teu furor avassalador,
Arrasta-me em tua correnteza arrebatadora,
Devasta-me por completo, sem pudor,
Faz-me perder a razão, a mente em confusão.
Teu olhar incandescente, ardente chama,
Queima em mim como fogo em uma brasa,
Teu toque é intenso, sensual e abrasador,
Deixa-me em chamas, em um êxtase devastador.
Tuas palavras sussurradas ao meu ouvido,
São como doce veneno, um vício envolvente,
Que me consome, me deixa extasiado,
Em um amor devastador, apaixonante e alucinante.
És o furacão que varre minha alma,
O terremoto que abala minhas estruturas,
Um vendaval que sopra com intensidade,
Deixando-me sem defesas, sem resistência.
Nossos corpos se entrelaçam em um frenesi,
Uma dança selvagem de desejos e paixão,
Os sentidos se perdem, a razão se eclipsa,
Em um amor que consome, que incendeia o coração.
Mas, ah! Como o amor devastador pode ser traiçoeiro,
Deixando cicatrizes profundas, feridas abertas,
Levando consigo sonhos, expectativas e esperanças,
Deixando-nos em ruínas, em meio às lembranças incertas.
Amor devastador, que transforma e destrói,
Que incendeia e apaga, que ilumina e escurece,
Que é doce como o mel e amargo como o fel,
Que é um paradoxo de emoções, intenso e feroz.
Mesmo assim, é difícil resistir ao teu poder,
Aos teus encantos, à tua força avassaladora,
Pois, apesar dos estragos que possa causar,
O amor devastador também é fonte de uma paixão arrebatadora.
E assim, eu me entrego a ti, mesmo sabendo do risco,
De me perder em teus abismos, de me despedaçar em teu abraço,
Pois é na tua intensidade que encontro a vida plena,
Na chama avassaladora do amor, que me consome, que me arrasa.