Afoga a minha Boca
Afoga minha boca com teus beijos
Abranda este furioso fogo que me consome
Arrasta-me na procrastinação dos meus desejos
E me execra maldizendo minha fome
Vou sorrindo para a morte!
Sou um homem partido ao meio
Com a mente azucrinada em teu decote
E como um asno amordaçado por um arreio
Sou a essência errante em um vaso de pranto
Nada em mim se assemelha a um balanço de águas
Vasculho as pregas do infinito procurando teu canto
Mas com meu olhar perdido em tuas anáguas
Com meus olhos suínos vislumbro teus mamilos rosados
Grunho feroz chafurdando na lama da dissonância
Sou um verme agonizando em seu retrato
E a minha loucura é a minha própria substancia