DESFIANDO CONTAS

Quando deita no meu peito a tarde já cansada

e abraçados dormimos sob a puela noite,

sonho desfiando contas peroladas

e as coloco no teu colo branco de marfim.

Eu queria que ficassem assim

guardadas como ficam as estrelas, num relicário,

e num soneto eu as faria meu rimário

deixando que o cantasses docemente, só pra mim.

Quando formos orar lá na capela, não esquece

de pedir que a graça do Amor se manifeste.

Tu dizendo meus sonetos numa prece,

eu te ouvindo como num coral celeste.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 13/12/2007
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