CRUCIATA
O que vai além à minha morte
É o tanto de vida que derramei.
Se o que vi passou entre o real e o sonho
De mim nada seu me resta.
Sou como porteira aberta sem dono
Aonde é permitido ousar
E tudo fica aí pro mundo
Sonhos e apêgos perdidos.
Não quero depois descer à terra
Sem ter de teus olhos aquele afago
Que se traduz nas imagens de santo...
Não quero depois descer à terra
Perdendo minha fé por teu amor,
Morrendo de dor e de encanto.