LÁBIOS MÍSTICOS

E nessas noites vagas,

Que eu não adormeço mais,

E desperto após o repouso,

Quanto tu vens, e me refaz.

Na minha mente, algo novo,

Que não está em qualquer cena,

Mas na plenitude daquele momento,

No qual surges como uma alma que extravasa.

Nisso, sinto como se estivesses dentro de mim,

Onde nenhum poema, em si mesma se esconde,

E as luzes estão, por completo, se pagando,

E somente o que eu te peço, é um único beijo.

Talvez, eu encontre no improvável,

Aquilo que ao menos pode vir a dar certo!

Para confessar-te que estou em suas mãos,

Na cândida de tudo o que me fazes querer,

Negar outros desejos, que não seja os teus, a me oferecer.

Saibas de imediato,

Doce face dos Arcanjos,

O quanto intrépido posso ser,

Para andar quilômetros de distância,

A fim de salvaguardar você.

Quão quebrantável me vejo,

Querendo a cada segundo,

Mergulhar contigo na inteireza,

De um infinito alvorecer.

Diz para mim, que é verdade,

Que tantas vezes, viesse a sentir saudades?

Onde o “nada” não te leva a entender,

O propósito que teus lábios místicos,

Por hipérbole, expressa a "cáritas" aqui,

Quando já não tenho tantas esperanças,

Dos sentimentos a se repetirem por ti.

Poema n.2.957/ n.26 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 20/04/2023
Código do texto: T7768701
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