Quando te li …
Escolhi a loucura da súbita paixão,
meus olhos sentiram as palavras escritas
repletas de uma força tamanho do mundo,
puro leque de emoções, cicatrizado pelo tempo.
Por momentos escutei a respiração frágil e doce,
como um pequeno pássaro no bosque escuro.
Acariciei a terra, entrei no mar e beijei o céu
suspenso no voo da metamorfose da paixão para amor.
A fugidia presença é multiplica entre medos e medos
da ausência do corpo em todos os por do sol.
Procuro-me na solidão, no vento e na música,
e grito o teu nome para que o medo não descubra.
Um desejo e um sonho não são a mesma coisa.
Eu sei que há diferenças, e são elas que nos separam,
mas quando se ama arrumamos as mesmas no coração,
para as mudar quando apertamos contra o peito
e acreditamos no que as palavras e os olhares valem .
Ter mãos e não te poder tocar, desejar um beijo
e não poder te beijar, braços e não abraçar,
ter amor e desejo e não poder matar a solidão.
Escrever poesia pintando de azul o céu e o mar
guiando-me pelas estrelas e não poder te alcançar.
Porém escolhi a loucura da paixão que já é amor.
A morte jamais se irá aproximar sem eu te achar.
Amor, sol, chuva, vento, mar, estrelas, a noite e o dia
a tristeza e a alegria…todos sabem o quanto te amo.