ALÉM DOS CORPOS

Meu eu quer estremecer em ti,

Sentindo a brisa tocar-nos assim:

Num infinito amanhecer de qualquer lugar,

Quando tudo não parecer um mero sonho,

E definitivamente, lembrar-me que estás aqui!

E nessa loucura absurda,

De que a minha boca morre de vontade,

Mas é de vir a receber um minuto de seus beijos,

Apesar do teu silêncio a mim, quase nada dizer.

Preciso urgentemente,

Redescobrir-me para não perder,

O tempo que já não tenho mais,

Num instante em que teus olhos querem,

Indubitavelmente dizer-me que “sim”...

Que as noites e os dias se completam,

E numa viagem tão eterna,

Numa época a qual se desvela,

As premissas de quem somos.

E entrevi todas as variações,

A qual vens na confluência,

Ver o que não posso enxergar,

Por meio do jeito de vir a sorrir,

Ao passo que posso, ainda dar.

Uma convergência cósmica,

Quando nossas almas na consciência,

Vieram a se cruzarem de maneira intensa,

Num estado unificado para “além dos corpos”.

Intrigante sois, com tamanha desenvoltura!

Por razões que minha filosofia desconhece,

Transcendes até mesmo outras criaturas,

Onde habitas mares e oceanos, deixando apenas,

Um só vestígio de sua própria existência,

Enquanto finjo que a recriei.

Poema n.2.955/ n.24 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 16/04/2023
Código do texto: T7765383
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