A MENINA

Tomaram os prados a cor da turmalina

Mansos, suaves, vagos...

Fruíam o toque – Ternos afagos

Das mãos de vindoura Czarina!

Ó tempos ermos! Impresso nos versos que tanto lera...

As mesmas mãos! A mesma menina!

Os mesmos passos na planura, a tez franzina,

O aconchego nos arvoredos, as ramas que colhera!

Mas passou a carruagem, e nela todas as horas!

Levando o enlevo de tantas auroras

Saudade antecipada, ó hora vespertina!

Mas ah! De tanto anelo ouviu meu clamor...

As juras doridas d´um trovador

Fizeram voltar a carruagem, e nas mãos com um poema, a menina!

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Observação

“vindoura Czarina" no texto, se refere à menina, que no caso é de origem russa, uma cantora da Rússia

"ramas" - Se refere aos ramalhetes de flores

André da Costa
Enviado por André da Costa em 15/04/2023
Reeditado em 17/04/2023
Código do texto: T7764628
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