Marés de Sizígia

E o silêncio da noite se joga

qual calhau de marés de sizígia.

Abrigo-me, quietinha, na magnificiência

de meus pergaminhos de papel.

Porque o poeta caminha

noites serenadas

de silêncios e penumbras

que, se não lhe fazem plumar asas

entre a melodia e a iluminura

das águas do poema,

ao menos lhe permitem rabiscar

texturas e sons interiores...