A visitante

Quando repouso minha cabeça

Em bolsa fofa de espuma

Transitando para outro plano

Você aproveita para me fazer

Uma visita

Sua forma me parece

Tão clara, mesmo que

Nossos encontros de carne

E olhos tenham sido tão escassos

Tão espaçados e tão distantes

Como lembranças

Tanto que seus brilhos são agora

Tão fracos

Você me entrega

Um certo afeto

Nunca entregue por você antes

Eu entrego um afeto

Nunca sentido por mim antes

Em relação à você

Conversamos e nos conhecemos

Como se fôssemos tão próximos

De ideias

Reconheço isso toda vez que lembro

Da nossa distância de corpo

Nunca prometemos nada

Um ao outro

Mas neste único momento

Você sela nosso encontro

Com um beijo tão carregado

De sentimento

Acordo com um sorriso no rosto

Desejando por este vínculo

Se repetir no plano real

Mesmo com uma ínfima

Probabilidade

De recriação

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 08/04/2023
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