O que é o amor?
Este mundo que tudo canta e desencanta,
O amor é a chama que nos aquece,
O amor é a orquídea que nos encanta,
O amor é a luxúria que nos enlouquece.
Nos beijos ardentes e proibidos,
No toque suave e enlouquecido,
O amor é a combustão que nos alimenta,
E a felicidade que nos fere e sustenta.
No amor eu encontro um paraíso profano,
Um êxtase que me translada do céu às alturas;
Mas também uma seiva de obscuras agruras
E que me puxa ao inferno divino e humano.
Ah, o Amor é um vinho casto e incandescente
Que entorpece a minha mente e o meu corpo,
Que me faz delirar e gemer em um frenesi louco,
E que me deixa extasiado com sua boca ardente.
O Amor é o grito bradado calmo e loucamente,
Uma doença que nunca se cura completamente,
O Amor é a consumação, lentamente, por dentro,
E nos faz sentir como se estivéssemos morrendo.
No amor eu encontro um mistério insondável,
Um enigma que esclareço sem decifrar o ser amante.
No amor há uma força inamovível e incomensurável
Que nos faz sentir vivos e mortos a todo instante.
Amor meu, és o meu calmo e doce tormento,
És a minha salvação que me leva à perdição;
Amor meu, tu és o alento do meu pensamento
E o vento que fere e conduz os meus sentimentos.