Não me quebre, por favor *
Um suspiro , um gemido
E um alívio
Como sempre, desatino a perder meu batom rubro em tua boca
E desabrochar, refletida na tua íris
Antes que fosse embora
Vi o chão cheio de roupa
E teu corpo em curvas livres
Me pedindo pra ficar
Como dizer não a esse sonho?
Que insiste em me tornar escrava dos teus desejos
Como pode somente o teu beijo, me ressuscitar?
Perdida em devaneios acordada
E na madrugada, anestesiada de paixão
Quando o meu ar se esvaia
As noites viravam dia
Quanto mais de ti bebia
Menos conseguia dizer não
Uma dose atrás da outra
Cada vez mais próxima
Eu disse adeus aquela porta
Andando em tua direção
Senti meu corpo repousar no teu sem volta
E meu batimento
Dançando no ritimo da tua canção
Me tocando de cima abaixo
Rebuscado cada canto
Me tirando todo o pranto
Que eu tanto tentei esconder
Mesmo ali ainda vestida
A ironia foi perceber
Que eu estava mais nua do que você
Diante da provavel despedida
Eu temia dos teus olhos desaparecer na luz do dia Para outra jovem florescer
Em um instante de desatenção
Vislumbrei cheio de vida, aquele órgão mais falado
Confesso-te, que o meu nasceu desengonçado
E muitas vezes desatina a amar errado
Mas você o tinha em mãos
Meus cabelos bagunçados e sorrisos descontrolados Denunciavam a satisfação
Sentia teu toque de olhos fechados
Controlando toda a situação
De repente, um nó seco em minha garganta
Não me quebre, por favor
Eu não sei se você sabe
Mas em mim, não cabe
Nada menos que amor