PELA METADE

Invades o meu inconsciente,

E como se fosse uma sereia,

Vem a seduzir-me livremente,

Sem que eu ao menos perceba,

Ou resista ao seu intenso olhar,

Sendo de certa maneira, pouco a pouco,

Dominado por ti, quando vens a se manifestar.

E nessas pegadas de emoções,

Deixar assim, todas as indiferenças,

Que convenço-te do contrário que pensas,

Para nunca mais consentir que partas.

Pois serás sempre o meu modo de viver,

E de receber a esperança sua de um "talvez",

O verdadeiro significado de todas as palavras,

No que tange aquilo que eu não quero esquecer:

O momento único de continuar a desejar-te,

Até chegar ao ponto de vir a entorpecer.

Assim, sentir os seus lábios,

Para a vida, me trazer!

E o coração, andando na contra-mão,

Encontrar subitamente em ti,

A realidade tão bem sonhada,

Antes mesmo que eu veja o despertar,

Do dia em que teremos em nós,

Algum vestígio de “prazer”.

Entregaria a minha existência,

Por um beijo que me darias,

Somente para enxergar nessa alma gêmea,

A razão pelo qual o meu corpo, entenderia,

Que de pronto, cansei de ter-te pela metade.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 02/04/2023
Código do texto: T7754478
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