Lamento de um amor perdido
Perdi-te, ó flor da minha vida,
Perdi-te, e não sei se te hei de achar;
A morte, essa cruel e desmedida,
Levou-te para um mundo sem lugar.
Não sei se dormes num jardim celeste,
Ou se vagueias num abismo escuro;
Só sei que a dor que em meu peito reste
É mais aguda que o punhal mais duro.
Perdi-te, e agora só me resta a mágoa
De não te ver, de não te ouvir, de não te amar;
Perdi-te, e a saudade é uma frágua
Que me consome o coração sem parar.
Perdi-te, ó flor da minha vida,
Perdi-te, e nada mais me pode consolar;
A morte, essa tirana e atrevida,
Levou-te para um mundo sem voltar.