Vícios da Carne
A tarde sela no silencio de gente
Com a forte ventania que a invade
Arde o peito esta metáfora exigente
Que suas lagrimas lavem a cidade
Pureza é tarde, pois a carne é urgente.
Então a faz na terra encarnar a divindade
É ela se faz ouro delicadamente
Emerge na dor da colorida profanidade
No coração a força da irracionalidade
No fim da tarde a lua a faz presente
Não há nada que em sonhos a agrade
Flui a realidade em seus dedos indecentes
Então chora com a dor desta saudade
Trocou de dono por esta vida sem correntes
A cada orgasmo expõe toda a dualidade
E se afoga em vida nesta viagem inconsequente