Roubada à poesia armada
A tela acesa do teu celular em pleno quarto escuro
Ilumina parte do lençol e tudo ao redor é mudo
Inúmeras páginas e tantos outros contatos visuais
Seus aplicativos, alguns sites e redes sociais.
A insônia vieste pela dose de café
O sono ausente perambulando em lugar qualquer
Três e pouco da manhã e não bateu na porta
Os ponteiros do relógio que dão mais uma volta.
Tiveste a atenção roubada à poesia armada
Estrofes e versos para ti estavam apontadas
Ameaças apaixonantes colocadas em sua cabeça
Em cada piscar de olhos você adora e se deleita.
São cinco e pouco da manhã, daqui a pouco seis horas
A insônia é fiel leitora e parece que não vai embora
Foste um assalto de sua atenção
No qual não tiras mais o olho a quem roubou seu coração.