INGRATA
Procuro com amor nos jardins da existência
Uma flor cheirosa que foge de mim
Tu tens o mais puro mimo da inocência
Teu vaso tão lindo é de puro marfim
O olor sem igual de tuas pétalas mimosas
Me guia como bússola por todos os recantos
E quando cansado pela noite eu canto
Ouço os piados amorosos de aves dengosas
Pare onde estás por favor, minha rosa
Pois despetalado, sou cravo em dor
Não suporto mais andar roto, ao léu
Não fujas mais de mim não me faças teu réu
O que trago no peito é um imenso amor
Prometo-te um ninho e uma vida gozosa