Vislumbres

Vislumbres de um raiar do sol ao amanhecer

Sonhos plasmados em céus de anil

Na face lágrimas são fios invisíveis a tecer

Os silêncios esquecidos do amor que sentiu

Fez-se rio a correr em direção a uma praia deserta

Distante dos olhares acusatórios dos juízes sem toga

Há apenas o grito árido do que não aquieta

Sentimento cala-se em águas turvas que o afoga

Vives numa redoma sem beira nem glória

Colhendo flores das ruínas de um velho jardim

No vórtice do ecoar nas sentenças de outrora

És a saudade algoz companheira de todas as horas

Do ontem que perfumava as tardes de jasmim

Que se refaz na esperança do raiar em dias de glórias

Leovany Octaviano Soares
Enviado por Leovany Octaviano Soares em 26/03/2023
Código do texto: T7749364
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