NO AMANHÃ
Engano com palavras mudas o grito que cala
Esperanças na ponta da lança que fere o peito
Atingindo sentimentos sentidos por defeito
Descritos pelo som da escrita, que por si fala
Mãos que com ternura escrevem tremendo
Universos que giram num pensamento travado
Por saber que não sei se por ti sou amado
Sombra que perdura e por ela á luz vou sofrendo
Espero por um conselheiro tempo sem tempo
Num momento derradeiro em que me ditará
Demoras de um vento forasteiro e sem fim…
Vento que trará o verdadeiro sentimento,
Tormento de um homem que aqui permanecerá
No tempo, dormindo acordado…
E pensando se no amanhã comigo estará.