PRESA DO AMOR
E quando passou por mim, deixando rastros do seu perfume.
Pintou minh'alma com seu gosto, tatuou em mim, a lembrança do desejo que deixou.
Corro para descobri-la, e despi-me ao reflexo de seu corpo, que em vestes quentes, incendeiam meu olhar, ao ser metralhados por sua insana provocação.
Inunda e avança ao meu caminho, tirando uma a uma, deixando-as macias caírem ao chão para se prostar inteira em minha presença.
Respirando lentamente sobre o encaixe de meu pescoço, que nu, recebem o calor de seus lábios pestes a tocá-los.
Em sincronia as ondas sobem ao meu corpo, arrepiando-me de norte a sul, expelindo como dentes de leão a alcançarem o vento.
Abocanha-me na noite, caçada, presa do amor.
Jéssica Malheiros