AMO
Amo teu coração de amor e tuas mãos de trigais
Que semeiam estações no estirar dos teus braços
Espreguiçando sois sobre as águas dos remansos
E por sobre meus olhos após chuvas e vendavais.
Amo tua língua móvel passeando nos meus lábios
E a doce embriagues com que decalcas minha boca
Na madureza do teu peito, descobrindo-me louca
No calor da paixão boca a boca em nossos cios.
Amo teu olhar atento às minhas profundezas
E o eco dos teus passos nos meus labirintos.
O perfilar das pegadas de amor nos recintos
Deixando marcas e sentidos da tua nobreza.
Amo o amor que te tenho porque nele tu és
O desatar da espera e o abrangente motivo
Com que me levas ao pulso do tempo lenitivo
Da saudade caminheira presa aos nossos pés.