A Rosa
A Rosa que contemplo e amo não é de todo perfeita,
não conhece os perfumes Franceses nem usa purpurinas,
não tem a forma idealizada, e os espinhos pontiagudos
não lhe permite sequer ousar ser frágil e irracional…
Todos os dias me apaixono pela simplicidade no romper da aurora.
pela doçura da beleza que almejo, que é tudo que desejo.
Aroma que me conduz às paragens mais belas, nas velhas caravelas,
num corcel em que se junta a alma honesta e a mente irracional...
A mim mesmo pergunto!
De onde vem o perfume subtil que sinto no cicatrizado coração?
Rouba-me a visão meu Deus em troca da possibilidade de sentir,
o veludo doce das suas pétalas, onde se esconde o meu destino…
As andorinhas voando à tarde anunciam a leveza da Primavera,
dando tréguas à opressora necessidade do impalpável do Desejo…