Meditando na Solidão
Embora o sol se esquente em devaneio,
O nascer inconsciente de seu longo dia,
Sobe pelas árvores o receio
De pequenos focos do teu fulgor oculto,
Comprimindo a névoa insistente de um incensário,
Incendiado pela sombra dos breves pensamentos.
Soltos na confissão da manhã ,
Vão bailando os versos inaudíveis,
Perdidos pelo calor de agosto,
Que envolve o seu discernimento numa fresta,
Acuada pelo fio da raiz,
Ainda que o seu desejo esteja exposto,
Medita na solidão.
Onde algo me diz que a tua dedicada pureza,
Se faz nas orações do acanhado livro de poesias
Que espera da rima um sonho inalterado,
Levando o rio a pestanejar com sono da correnteza acima,
Dormindo logo, sem razão aparente,
Para refletir o brilho quieto de uma estrela cadente...
Diz muito de ti,
o modo como o meu coração lhe abriga,
Numa vontade que espera seduzir a fé,
Trançando o medo das palavras
Na textura que se deita ,
Acarinhando o começo da relva insuspeita de alegria,
Desobrigada de sentir uma lenta saudade ,
Soprada na ventania preta da mudança ,
Que segue os meus olhos ,
Admirando no voo pueril do vento
A dança discreta da borboleta...
Faz-se do ar um poema de bolso escrito na paisagem,
Sabendo que a morte nomeia os pares incautos,
E o seu testemunho ecoa como um arauto,
Aventurando-se aos meus olhos, admirando a dança.
As tuas mãos resgatam com doçura ,
O pólen trancado no tempo;
Sinto-me preso na urna incrustrada de bronze e ouro,
Surrada pelo torno das pedras barrocas em construção,
Desenhando no chão,
A ilusão de uma escultura cinzelada pelo vale.
Tive a sorte de escrever-lhe poemas,
De argutos fonemas acalentados pelas mãos,
Que são, na verdade, os gestos
Encaracolados pela vontade de voar /
entre os galhos embriagados;
Penteados por sumárias hordas de palavras íntimas,
Consumidas pelo ar.
Ávidas por libertar os seus cabelos,
Como se fossem folhas nuas que o alento rebate,
Ceifando a mais nobre inspiração dos meus segredos,
Recitando versos despidos pela luz do sol ,
Intrigados em beber o sumo do teu sereno,
Que restabelece uma partitura do cerro em harmonia,
E aquieta no coração ,
A sombra que me incendeia à loucura,
Fechando os olhos para o sonho
De uma terra jamais esquecida, que te encontra em paz .
Give me love
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Um amor sem motivos de existir, não tem fronteiras: É a fragrância do coração. O amor é o fenômeno mais próximo da meditação: os amantes abandonam suas máscaras, são uma alma dentro de dois corpos. Quando a liberdade é deixada intacta, o amor cresce infinitamente. Meu amigo Chandra