Eu amaldiçoei o amor

Senti o coração cortado

e no peito, um ardor

naquele instante, amargurado

eu amaldiçoei o amor

Eu amaldiçoei o amor

pedi que mantivesse distância

ele prometeu o mundo, e entregou dor

me parece nociva, tal substância

Eu amaldiçoei o amor

lhe expulsei do meu coração

o difamei em meu compor

o apelidei de maldição

O amor dá asas

é um tocar no paraíso

é soprar as brasas

e ver incendiar o sorriso

Mas amor não é eterno

feliz pra sempre é conto de fada

no fim, é cair do céu ao inferno

e vai doer a pancada

Eu bebi cada gole do amor

provei toda aquela doçura

mas no final, tem outro sabor

no fundo do copo, é amargura

O gole que desenha a careta

revela na face, que não gostou

coração morre Romeu, sem sua Julieta

mais um drama de amor, se encerrou

E ainda batendo no peito

pede amor, esse órgão masoquista

não entendo esse seu jeito

cansei de dizer, desista!

Vai, canta coração

diz que meu peito, é escravo da ternura

berra que minh’alma, necessita de ilusão

diga! não me envenenes com amargura

Me faça entender! Amores vem, amores vão

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 15/03/2023
Reeditado em 15/03/2023
Código do texto: T7741038
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