ENTRE TAPAS E BEIJOS
Flor estúpida que murchas quando chego
Por um só agravo desmereces meu amor
Conta as noites muitas que tiveste aconchego
E abre largas pétalas que exalem teu olor
Finges que não me amas flor maldosa que te quero
E lépida esqueces os lábios frios de prazer
Quais pétalas frientas em dias de inverno
Mentes p'rá ti mesma fingindo não me querer
Fico amargurado porque te acho ingrata
Com um que nesta vida só vive prá te amar
Cheia de espinhos, és uma flor insensata
Que a um cravo débil só fazes despetalar
Sou eu quem desmaia e também quem despetala
Enquanto tu negas p'rá ti mesma que me amas
Eu com um coração cálido, um peito feito em chamas
Tu, uma mentirosa, prosa o vil e o amor, calas