REFÉS
O relógio ainda nem bateu meia noite
Já sinto nas costas o açoite
O cheiro de sangue no ar
Não é carnificina meu bem
Dessa vez, não precisa ir tão além
Sem drama, isso não é desdém...
São cartas bem claras na mesa
Você nunca foi minha também
Entrou e saiu você mesma
Não finge que não te convém.
No relógio são onze e poucas
Mulheres se fingem de loucas
Ajoelham sem dizer amém.
Nao vem julgar meu profano
Em BH faz um calor insano
E cada ser humano
Parece queimar em um harém
São chamas queimando vivas
Por baixo de máscaras postiças
Que sorriem e acenam para tudo que vêem.
Nem vem!
Minha paciência Tambem anda poucas
E eu não vou servir o seu banquete de poréns...
Se eu fosse tu, prestava atenção na tua boca
Se tudo o que entra e sai dela
Não tá te fazendo refém.