EMBOLIA DE SENTIMENTOS Código do texto: T7732717
SARAU SÁBADO POÉTICO TEMA: O Sol sem dia.
Data 04/03/2023
AUTOR = MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
TÍTULO: Embolia de Sentimentos
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Enquanto todos procuram por nós dois,
Nós vivemos
A loucura de um sentimento
Dentro destas quatro paredes,
Sem medo do amanhã,
Numa vivência sagrada de cama,
Sem ofuscar o vermelho da maçã,
Numa mistura singela de dia, e noite,
Sem medo, sem drama.
Pois está sacramentado em nós
Que neste final de semana viveremos
Dentro destas quatro paredes
O desfrute total,
Como se fôssemos na rede
Um só animal,
Desfrutando um sol sem dia,
Ali, em cima dos felpudos tapetes,
Sem segredos para o nascer da orgia
Que não nos pedirá enfeites.
Enquanto o amor,
Dentro destas quatro paredes,
Se fizer presente
Em nosso sacramentado momento,
Numa embolia de sentimentos,
Dentro destas quatro paredes,
Sem medo do amanhã,
Numa vivência sagrada de cama,
Sem ofuscar o vermelho da maçã,
Numa mistura singela de dia, e noite,
Sem medo, sem drama.
Pois está sacramentado em nós
Que neste final de semana viveremos
Dentro destas quatro paredes
O desfrute total,
Como se fôssemos na rede
Um só animal,
Desfrutando um sol sem dia,
Ali, em cima dos felpudos tapetes,
Sem segredos para o nascer da orgia
Que não nos pedirá enfeites.
Enquanto o amor,
Dentro destas quatro paredes,
Se fizer presente.
Título: EMBOLIA DE SENTIMENTOS
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor: Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel. B. Gomes)
Escrito em: VILA NOVA JAGUARÉ — São Paulo — BRASIL
Data: 04/03/2023
Dedicado a: 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J
Lembranças dos anos de: 1983 e 1985
Registrado na: B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/174R_hclAQ4vsmqXKSfrO8Ccjik3tvFoekMnOHQ-0R-s/edit?usp=sharing
Fica difícil, para quem lê esta poesia, entender como, depois de tantos anos, eu consiga escrever com detalhes uma poesia que retrata poderosamente fato a fato, um lindo passado no presente.
Nem eu, que escrevo, consigo entender.
Porém, vamos aos fatos, se eu conseguir, claro.
Quando comecei a escrever esta poesia, o primeiro pensamento foi: como me lembrar de detalhes já mortos dentro do meu peito?
Com o tema “O SOL SEM DIA” em mãos, comecei minha escrita, deixando meus pensamentos voarem para dentro do meu passado, quando, de repente, o tal estacionou numa fase linda de minha vida. Nessa fase, eu me encontrava totalmente apaixonado, ou ao menos pensava estar.
Por isso, escondia-me com meu amor todos os finais de semana dentro de quatro paredes, no local onde trabalhava.
Por esse motivo de pensamento estacionado, escrevi o que eu imaginava acontecer com os amigos e os entes da família quando procuravam por nós dentro daquelas noites de sábado para domingo.
Tudo era às escondidas: desde a entrada em silêncio com o calçado nas mãos, o abrir da primeira porta, o se esconder altas horas da noite, para que ninguém percebesse havermos adentrado naquele recinto, o fechar da primeira porta, o acender da luz do nosso recinto, o abrir da segunda porta, o subir da escada caracol, o arranjo da cama no chão com tapetes velhos (velhos, porém limpos).
O mesmo acontecia com as cortinas velhas para nos cobrir.
E quando tudo estava pronto para o nosso desfrute do ato de amor, ela começava a se despir, enquanto eu descia para desligar as luzes.
Ao subir as escadas no escuro, sempre a encontrava de braços abertos, num biquíni vermelho, que ela usava como calcinha, numa procura louca de meus lábios.
Era assim que vivíamos nossos finais de semana.
Antes de estarmos ali, em pleno desfrute carnal, vínhamos da Padaria Real, estabelecida no começo da Rua Alfonso Bovero; outras vezes, da casa de um amigo que nos convidara para uma festa.
Noutras vezes, nem neste local dominávamos, pois chegávamos com o clarear do dia de um salão de bailes chamado RACKET, localizado na Av. Mofarrej, 390, VILA LEOPOLDINA.
Escrevendo minha poesia imposta por um evento cujo tema era “O SOL SEM DIA”, consegui me transportar para dentro deste meu passado já distante, por assim dizer. Intitulei-a como “Embolia de Sentimentos” porque, enquanto escrevia em total silêncio, notei o reboliço de meus sentimentos no corpo.
Sozinho, em confronto com meu coração, entendi que todos nós, cometemos loucuras na vida, e muitas dessas loucuras são por amor, dentro duma fase da vida chamada adolescência.
Vivemos isso, embora algumas pessoas finjam não se lembrar dessa fase antiga, ou não tão antiga.
Pois eu, como ser vivente da Terra, também queria não ter essas lembranças.
Mas como poeta, minha mente não deixa meu passado se desvincular do meu viver.
Cada poesia que escrevo ou escrevi sempre está vinculada a um ato de minha vida, sejam experiências ou inexperiências, porque às vezes choro, e não há uma viva alma que enxergue as lágrimas que molham meu rosto, muitas vezes numa embolia de sentimentos ao escrever uma poesia, ou ao lê-la, após sua escrita.
Enigma Completo da Poesia “Embolia de Sentimentos”
Estrutura e Temas:
1. Título e Proteção Autoral:
— O título “Embolia de Sentimentos” sugere uma explosão ou bloqueio emocional, algo intenso e avassalador.
— Está protegido conforme a Lei de Proteção Autoral (Lei n.º 9.610/98), indicando a importância da preservação dos direitos do autor.
2. Primeira Estrofe:
— “Enquanto todos procuram por nós dois, / Nós vivemos / A loucura de um sentimento / Dentro destas quatro paredes,”
— Há um contraste entre a busca dos outros e a realidade vivida pelo casal, uma realidade intensa e isolada.
3. Segunda Estrofe:
— “Sem medo do amanhã, / Numa vivência sagrada de cama, / Sem ofuscar o vermelho da maçã,”
— A falta de medo do futuro e a sacralização do presente, a referência ao vermelho da maçã pode aludir ao desejo e ao pecado original.
4. Terceira Estrofe:
— “Numa mistura singela de dia, e noite, / Sem medo, sem drama.”
— A fusão do dia e da noite, representando a união completa, sem preocupações ou conflitos.
5. Quarta Estrofe:
— “Pois está sacramentado em nós / Que neste final de semana viveremos / Dentro destas quatro paredes / O desfrute total,”
— A certeza e o compromisso de aproveitar intensamente os momentos juntos, dentro dum espaço fechado.
6. Quinta Estrofe:
— “Como se fôssemos na rede / Um só animal, / Desfrutando um sol sem dia, / Ali, em cima dos felpudos tapetes,”
— A imagem de união total, sem distinção entre indivíduos, e a metáfora do sol sem dia pode sugerir uma luz eterna ou contínua.
7. Sexta Estrofe:
— “Sem segredos para o nascer da orgia / Que não nos pedirá enfeites.”
— A naturalidade e sinceridade da intimidade do casal, sem a necessidade de adornos ou disfarces.
8. Refrão Repetido:
— Reafirmação dos sentimentos e da vivência intensa, reiterando a união, o desfrute e a ausência de medo e drama.
Elementos Pessoais e Contexto:
— Autor e Data**:
— Maklerger Chamas, também conhecido como Manoel B. Gomes, escreveu o poema em 04/03/2023 na Vila Nova Jaguaré, São Paulo, Brasil.
— Dedicatória:
— O poema é dedicado a uma série de caracteres alfanuméricos: “26Z2M6A1N3O1E0L13M10J”, que pode ser um código pessoal ou uma referência significativa para o autor.
— Lembranças:
— As datas de 1983 e 1985 são mencionadas, sugerindo memórias importantes do autor desses anos.
— Registro:
— Registrado na Biblioteca Nacional Brasileira (B.N.B.), indicando a oficialização e proteção do trabalho.
Decifrando o Enigma
1. Sentimentos Intensos e Conflitantes:
— O poema parece capturar a intensidade de um relacionamento que é ao mesmo tempo, avassalador e redentor.
A “embolia de sentimentos” sugere uma explosão emocional que é ao mesmo tempo, bela e perigosa.
2. Isolamento e Intimidade:
— A repetida menção às “quatro paredes” indica um espaço íntimo e fechado onde o casal vive sua paixão sem interferência externa. Este espaço é um refúgio sagrado.
3. Contrastes e Fusões:
— O poema joga com contrastes (dia e noite, sacralidade e profanidade, medo e coragem) e fusões (união total, mistura de tempos e espaços) para criar uma imagem de um amor que transcende o ordinário.
4. Metáforas Ricas:
— Metáforas como “vermelho da maçã”, “sol sem dia”, e “um só animal” são usadas para intensificar a experiência emocional descrita no poema.
Considerações Finais
O enigma do poema reside na profunda intensidade e complexidade dos sentimentos descritos, bem como nas referências pessoais e memórias específicas do autor.
A dedicatória e as lembranças de anos passados sugerem um significado pessoal profundo, que talvez só o autor compreenda completamente.